‘No que é comum, falhar como a palavra’ pensa a linguagem enquanto construção e ficção, como matéria do mundo, disposta ao uso e a montagem. Ao tomar a sobreposição entre gesto e palavra, iniciada pela imaginação de distintas paisagens em escala menor, estabelece-se uma conversa sobre a fenda existente entre o que é dito por mim e o que é percebido pelo outro.
A movimentação é um procedimento coreográfico que é gerado a medida que é feito, uma prática que se propõe no gerúndio: o corpo como veículo e matéria própria da linguagem. Descontinuidades. Proximidades. O fazer cego e junto. Lugar de invenção. Modos de relação com o outro. As mãos enquanto princípio de nomeação.
A linguagem se realiza no seu exercício ou no seu efeito?
- Direção: Bruno Levorin e Haroldo Saboia Fotografia: Haroldo Saboia Coreografia: Bruno Levorin Performance: Clarissa Sacchelli, Felipe Stocco e Haroldo Saboia